O Método montessori ou pedagogia Montessoriana relaciona-se à normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade). Esse método foi criado por Maria Montessori
Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento.
Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando portanto, serem determinados.
Assim, na sala de aula, a criança era livre para agir sobre os objetos sujeitos à sua ação, mas estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros materiais que desenvolveu.
O mateiral Dourado ou Montessori é constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam:
Observe que o cubo é formado por
10 placas, que a placa é formada por 10 barras e a barra é formada por 10
cubinhos. Este material baseia-se em regras do nossso sistema de numeração.
Veja como representamos, com ele,
o número 265:
Este material pedagógico,
confeccionado em madeira, costuma ser comercializado com o nome de material dourado. Você pode construir um material
semelhante, usando cartolina. Os cubinhos são substituídos por quadradinhos de
lado igual a 2 cm, por exemplo. As barrinhas são substituídas por retângulos de
2 cm por 20 cm a as placas são substituídas por quadrados de lado igual a 20
cm.
Embora seja possível representar
o milhar, vamos evitá-lo trabalhando com números menores.
Damos a seguir sugestões para o
uso do Material Dourado Montessori.
As atividades propostas foram
testadas e mostraram-se eficazes desde a primeira até a quinta série. Muitas
delas foram concebidas pelos grupos de alunos, recomendando-se que os grupos
não tenham mais do que 6 alunos.
O professor, com o conhecimento
que tem de seus alunos, saberá em que série cada atividade poderá ser aplicada
com melhor rendimento. Várias das atividades podem ser aplicadas em mais de uma
série, bastando, para isso, pequenas modificações.
Utilizando o material, o
professor notará em seus alunos um significativo avanço de aprendizagem. Em
pouco tempo, estará enriquecendo nossas sugestões e criando novas atividades
adequadas a seus alunos, explorando assim as inúmeras possibilidades deste
notável recurso didático.
1. JOGOS LIVRES
Objetivo: tomar contato com o material,
de maneira livre, sem regras.
Durante algum tempo, os alunos brincam com o
material, fazendo construções livres.
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!
2. MONTAGEM
Objetivo: perceber as relações que há
entre as peças.
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
O professor estimula os alunos a obterem conclusões
com perguntas como estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar
conceitos geométricos, propondo desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?
3. DITADO
Objetivo: relacionar cada grupo de peças
ao seu valor numérico.
O professor mostra, um de cada vez, cartões com
números. As crianças devem mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor
quantidade delas.
Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.
4. FAZENDO TROCAS
Objetivo: compreender as características
do sistema decimal.
- fazer agrupamentos de 10 em 10;
- fazer reagrupamentos;
- fazer trocas;
- estimular o cálculo mental.
- fazer reagrupamentos;
- fazer trocas;
- estimular o cálculo mental.
Para esta atividade, cada grupo
deve ter um dado marcado de 4 a 9.
Cada criança do grupo, na sua vez
de jogar, lança o dado e retira para si a quantidade de cubinhos correspondente
ao número que sair no dado.
Veja bem: o número que sai no
dado dá direito a retirar somente cubinhos.
Toda vez que uma criança juntar
10 cubinhos, ela deve trocar os 10 cubinhos por uma barra. E aí ela tem direito
de jogar novamente.
Da mesma meneira, quando tiver 10
barrinhas, pode trocar as 10 barrinhas por uma placa e então jogar novamente.
O jogo termina, por exemplo,
quando algum aluno consegue formar duas placas.
O professor então pergunta:
- Quem ganhou o jogo?
- Por quê?
- Quem ganhou o jogo?
- Por quê?
Se houver dúvida, fazer as
"destrocas".
O objetivo do jogo das trocas é a
compreensão dos agrupamentos de dez em dez (dez unidades formam uma dezena, dez
dezenas formam uma centena, etc.), característicos do sistema decimal.
A compreensão dos agrupamentos na
base 10 é muito importante para o real entendimento das técnicas operatórias
das operações fundamentais.
O fato de a troca ser premiada
com o direito de jogar novamente aumenta a atenção da criança no jogo. Ao mesmo
tempo, estimula seu cálculo mental. Ela começa a calcular mentalmente quanto
falta para juntar 10, ou seja, quanto falta para que ela consiga fazer uma nova
troca.
· cada placa será destrocada por
10 barras;
· cada barra será destrocada por
10 cubinhos.
Variações:
Pode-se jogar com dois dados e o
aluno pega tantos cubinhos quanto for a soma dos números que tirar dos dados.
Pode-se utilizar também uma roleta
indicando de 1 a 9.
5. PREENCHENDO TABELAS
Objetivo: os mesmos das atividades 3 e 4.
- preencher tabelas respeitando o valor posicional;
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.
As regras são as mesmas da
atividade 4. Na apuração, cada criança escreve em uma tabela a quantidade
conseguida.
Olhando a tabela, devem responder
perguntas como estas:
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
Olhando a tabela à procura do
vencedor, a criança compara os números e percebe o valor posicional de cada
algarismo.
Por exemplo: na posição das
dezenas, o 2 vale 20; na posição das centenas vale 200.
Ao tentar determinar os demais
colocados (segundo, terceiro e quarto lugares) a criança começa a ordenar os
números.
6. PARTINDO DE
CUBINHOS
Objetivo: os mesmos da atividade 3, 4 e 5.
Cada criança recebe um certo
número de cubinhos para trocar por barras e depois por placas.
A seguir deve escrever na tabela
os números correspondentes às quantidades de placas, barras e cubinhos obtidos
após as trocas.
Esta atividade torna-se
interessante na medida em que se aumenta o número de cubinhos.
http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm
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